Deus e a Matemática - A Inteligência na Natureza

Floco de neve
Crédito imagem: Radiolab.Org


"Se existe um Deus, ele é um grande matemático" (Paul Dirac)

 No passado recente, boa parte dos matemáticos acreditavam num Criador, os ventos mudaram a partir do século 19, em conjunto com a multiplicação do conhecimento veio também a arrogância para boa parte dos que lidam com a Ciência. No meio intelectual de hoje, o entendimento que aponta para um ente Criador não é muito prestigiado, mas podemos negar os sinais de inteligência na natureza?


Um artigo publicado na New Science apontou que alguns tubarões, quando não possuem presas a vista, seguem estratégias matemáticas para a caça. 

                                                               
Imagem: Wikimédia CommonsO artigo argumenta que tais tubarões se movem de forma sincronizada e padronizada, forma esta chamada por seus autores de “caminhada Levy” ou, matematicamente falando, geometria fractal. 

Não há uma definição formal de fractal, visto que não há um termo ou uma linguagem matemática adequada, o fractal  descreve muitas situações que não podem ser explicadas facilmente pela geometria clássica. Grosso modo, um fractal é um objeto que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhantes ao objeto original. 
Informalmente, podemos dizer que os fractais são semelhantes a irmãos gêmeos idênticos com personalidades diferentes. 

Eles podem apresentar-se sob infinitas formas, não existindo uma aparência consensual. Contudo, há duas características muito frequentes em sua geometria: autossemelhança e complexidade infinita. 

Tais conceitos são usados na arte, na ciência e na construção de tecnologias. Também podemos encontrá-los na natureza: samambaia, couve-flor, brócolis, árvores etc. Essa semelhança seria sempre a mesma, caracterizando um fractal. 

Voltando aos tubarões, os pesquisadores descobriram esse fato rastreando tais animais durante 5700 dias e desenhando seu movimentos. Perceberam que havia uma padronização de movimentos infinitos, caracterizando a geometria fractal. 

[19]Conceitua o voo de Lévy como uma busca espacial eficiente em termos de distância percorrida em que as mudanças de direção são isotrópicas (probabilidade de escolha de determinada direção igual a qualquer outra direção) e aleatórias, sendo os segmentos da trajetória retilíneos e seus comprimentos seguem uma distribuição de Lévy. 

Essa distribuição probabilística é dada pela lei y=x -a^ , onde 1 <a<3.

Além disso, diferencia a alternância do percurso dos tubarões entre o movimento browniano e o voo de Lévy da seguinte forma: quando a caça é abundante em uma determinada região próxima, "utilizam" o movimento browniano, e quando a caça está escassa nessa região, deslocam-se segundo o voo de Lévy.

O tubarão, uma máquina biológica impressionante, foi programado e equipado para utilizar essa estratégia. 


Natureza Imperfeita

Existe uma alegação de que a natureza não é perfeita, sendo necessária a criação de não uma, mas de várias leis físicas em forma de equações para descrevê-la. Cada uma delas tem suas falhas, suas incompatibilidades com uma situação real, e que há a necessidade de 3 modelos de mecânica na física para descrever o movimento. 

Porém, é muita prepotência humana culpar a natureza por nossa ignorância e falta de conhecimento pleno de seu funcionamento, faz parte da busca do conhecimento ter que fazer várias tentativas e vários modelos para tentar descrever as coisas.

Conclusão:



A matemática é uma invenção humana porque Deus deu a capacidade para o homem descobrir a inteligência operacional da natureza, mas também deu a ele o direito de ser teimoso e rejeitá-la a ponto de concluir pessoalmente que tudo que existe foi originado de longos e lentos processos aleatórios e ocasionais, guiados por forças cegas sem garantia de sucesso em nenhum deles, tudo dado à própria sorte de existir.